quinta-feira, julho 14, 2005

Educação Tecnológica Precoce


Parte-se do princípio de que as crianças entram no sistema educativo para que a sociedade possa transformá-los em bons cidadãos, incentivando a sua independência de pensamento e o desenvolvimento das suas capacidades.

Uma vez que a tecnologia se tornou num aspecto determinante das nossas vidas, influenciando-nos, apoiando-nos e, às vezes, libertando-nos de fardos, temos de nos assegurar que as crianças a incorporem nos seus processos de aprendizagem tão cedo quanto possível.

Tanto os estabelecimentos de ensino como os educadores, têm de estar habilitados para lidar com o facto de as crianças se relacionarem cada vez mais cedo com os fenómenos técnicos e tecnológicos, e tentar responder directamente ao instinto de curiosidade que é natural em todas as elas, para que melhor possam compreender o seu mundo.

As crianças precisam de dar sentido ao mundo; precisam de compreender os valores que subjazem às suas vidas e tomar decisões em concordância; precisam de compreender a base técnica do mundo, e a melhor forma de o fazerem é experimentando. É por isso que os adultos não deveriam tentar controlar ou limitar as suas experiências, mas, pelo contrário, proporcionar às crianças espaço e oportunidades, talvez criando um espaço de experimentação dentro e fora dos seus estabelecimentos de educação e ensino.


A Educação Tecnológica Precoce, olha a totalidade da situação da criança desenhando situações de aprendizagem, a partir do seu estádio de desenvolvimento real ou dos seus interesses e considerando ainda as suas circunstâncias sociais; permite que as crianças experimentem e se empenhem activamente nos seus próprios processos de aprendizagem, uma vez que elas precisam de experimentar e criar coisas. Aprender fazendo deveria ser o princípio básico e a própria criatividade da criança aproveitada com este fim, já que a tentativa-erro proporciona saltos cognitivos de compreensão. A Educação Tecnológica Precoce ajuda as crianças a planear e a agir autonomamente, responsabilizando-se por si mesmos e pelos seus actos.

São tantas as capacidades cognitivas a ser potenciadas por experiências desde género, que seria de facto interessante implementá-las nas escolas.

A experiência que realizei n' "A Escolinha" correu melhor do que o esperado, já que as crianças demonstraram uma imensa vontade de continuar; é isso que estou a fazer neste momento, com crianças entre os 6 e os 10 anos.