"Las Alfabetizaciones Digitales"
A conferência foi proferida pelo Professor Doutor José Luis Rodriguez Illera, da Universidade de Barcelona, tendo ainda contado com as participações, como comentadores, dos professores Helena Peralta da FPCE-UL, Teresa Pessoa da FPCE-UC e Domingos de Freitas, da Universidade Católica, Braga. Foi organizada pelo nosso professor de Tecnologias Educativas, Fernando Costa.
A conferência deu-se no horário da nossa aula, pelo que fomos assistir, como todo o gosto; eu e mais umas colegas fomos lá para a frente.
Pretendeu-se, acima de tudo, a partilha de conhecimentos, de informação e de reflexão sobre as novas tecnologias, lançando-se uma questão - Quais os efeitos da sociedade digital na educação?
Do professor Illera ficou-me um conceito novo; estamos habituados a encarar a tecnologia como um instrumento e como um texto, mas agora ela tem de ser encarada como um ambiente cultural, social, porque há a necessidade de a saber utilizar em diferentes contextos. Para além disso, o conceito de alfabetização digital - o ter o acesso e competências básicas na área das tecnologias e pensá-las como um problema da investigação educativa.
Da professora Teresa há uma frase que me lembro bem "Não há conhecimento que não tenha sabor"; a forma como comunicava com os seus alunos, tão próxima, tão cheia de afectos, que lhe eram muitas vezes retribuídos, através de um chat na Internet (é incrível como a Internet consegue tantas vezes aproximar as pessoas...!).
Do professor Domingos, o questionamento das tecnologias na escola, o facto de serem os alunos a impulsionar o uso das tecnologias aos professores e não o contrário. E o pensamento inovador - que seria levarmos para a escola, ao invés de uma pilha de livros, uma pen, com toda a informação necessária! Muito à frente!
Helena Peralta penso que nos apaixonou a todos pela sua surpreendente analogia da "música simples" de Pierre Boulez, com as Tecnologias! É impressionante como tem tudo a ver! As tecnologias [a forma simples de as encarar] são como os restaurantes fast-food: convinientes mas completamente desinteressantes. É por isso que se tem de ir da simplicidade à complexidade; da alfabetização à literacia; da leitura à escrita; do acabado ao produto sem fim...
No final, a bela metáfora associada às tecnologias: queremos utilizá-las para modificar e modernizar, mas utilizamos os conceitos de "teia" e de "rede" (que nos enclausuram).
Desta feita e como disse Fernando Costa, teremos de arranjar "outros modos de pensar a coisa!". :)
É bem!
Para ter acesso aos materiais utilizados na conferência, clica aqui!