sábado, julho 16, 2005

Pensamento do Dia:

"O maior escândalo da Educação reside no facto de que, cada vez que ensinamos algo a uma criança, estamos a privá-la do prazer e do benefício da descoberta" (Papert)

sexta-feira, julho 15, 2005

Difícil e Giro


Depois de ter construído um Software Educativo em Tecnologias II e um WebSite com fins Educativos em Tecnologias III, surge agora e por vontade própria, a ideia de construir um WebSite para o Jardim de Infância "A Escolinha".

Uma vez que apenas possuo alguns conhecimentos na área do HTML (mesmo assim, reduzidos), vejo-me na necessidade de aprofundar um pouco mais o assunto e de começar a estudar as linguagens Java e Flash.

E também porque um site educativo deve apresentar uma interface gráfica interessante, seria bom obter algumas competências em termos de Desenho Gráfico..

Pois bem.. aquele que era aparentemente um trabalho simples, torna-se em algo que supõe pesquisa, novas aprendizagens, tempo e dedicação, para além de muita vontade!

Mas como alguém disse, as coisas simples são algo desinteressantes e quando se gosta, nada é complicado. Já as crianças o acham e eu também: "é difícil e giro"!
E vai ser sem dúvida, estimulante!

quinta-feira, julho 14, 2005

Quarto Semestre de Ciências da Educação


Este quarto semestre foi de facto, extremamente rico em aprendizagens! E o melhor de tudo, é que encontrei a tão desejada transversalidade entre todas as cadeiras.

Correntes de Pedagogia Contemporânea fez-me olhar à História da Pedagogia, compreendendo a forma como esta se tem vindo a desenvolver, desde a Antiguidade até ao Pós-Modernismo, ou seja, da simplicidade a uma complexidade cada vez maior. É nesta complexidade que surge a Escola, e com ela a institucionalização e instrucionalização da Educação, temas tão abordados em Sistemas Escolares e Políticas Educativas. O ensino está de tal modo institucionalizado que já não se consegue pensar Educação sem se pensar em Escola, que entretanto se globalizou e está de tal modo instrucionalizado que muitas vezes se esquecem outras formas de Aprendizagem.

A Educação Tecnológica Precoce é uma dessas outras formas de aprendizagem que potencia a imaginação, a criatividade, a autonomia das crianças, que muitas vezes são esquecidas no Ensino Tradicional. As Tecnologias Educativas deram-nos a conhecer esta nova forma de ensinar conteúdos às crianças e juntamente com os Métodos e Técnicas de Investigação, pudémos compreender até onde poderão ir as crianças, quando integradas num projecto desta envergadura. Os métodos e técnicas permitem-nos avaliar, através de Entrevistas de Grupo ou de Explicitação, de Observações Participantes, de Estudos de Caso, diversas dimensões do comportamento e da cognição.

Mas para ir ao fundo deste tipo de questões, nada melhor do que a Psicologia do Desenvolvimento. Piaget e Vygostky e os seus estádios do desenvolvimento são ajudas preciosas para melhor compreender as crianças e o seu mundo.

E já que existe uma crise significativa na Educação, nada melhor do que falar de Novas Práticas Educativas, práticas que alteram um pouco a nossa visão do ensino e que permitem a abertura de novas portas, de novos caminhos. Um exemplo são as Tutorias, exploradas nas Práticas Educativas e que desenvolvemos no Instituto Superior Técnico ,por forma a combater o Insucesso Académico e as dificuldades de Insersão dos alunos.

Educação Tecnológica Precoce


Parte-se do princípio de que as crianças entram no sistema educativo para que a sociedade possa transformá-los em bons cidadãos, incentivando a sua independência de pensamento e o desenvolvimento das suas capacidades.

Uma vez que a tecnologia se tornou num aspecto determinante das nossas vidas, influenciando-nos, apoiando-nos e, às vezes, libertando-nos de fardos, temos de nos assegurar que as crianças a incorporem nos seus processos de aprendizagem tão cedo quanto possível.

Tanto os estabelecimentos de ensino como os educadores, têm de estar habilitados para lidar com o facto de as crianças se relacionarem cada vez mais cedo com os fenómenos técnicos e tecnológicos, e tentar responder directamente ao instinto de curiosidade que é natural em todas as elas, para que melhor possam compreender o seu mundo.

As crianças precisam de dar sentido ao mundo; precisam de compreender os valores que subjazem às suas vidas e tomar decisões em concordância; precisam de compreender a base técnica do mundo, e a melhor forma de o fazerem é experimentando. É por isso que os adultos não deveriam tentar controlar ou limitar as suas experiências, mas, pelo contrário, proporcionar às crianças espaço e oportunidades, talvez criando um espaço de experimentação dentro e fora dos seus estabelecimentos de educação e ensino.


A Educação Tecnológica Precoce, olha a totalidade da situação da criança desenhando situações de aprendizagem, a partir do seu estádio de desenvolvimento real ou dos seus interesses e considerando ainda as suas circunstâncias sociais; permite que as crianças experimentem e se empenhem activamente nos seus próprios processos de aprendizagem, uma vez que elas precisam de experimentar e criar coisas. Aprender fazendo deveria ser o princípio básico e a própria criatividade da criança aproveitada com este fim, já que a tentativa-erro proporciona saltos cognitivos de compreensão. A Educação Tecnológica Precoce ajuda as crianças a planear e a agir autonomamente, responsabilizando-se por si mesmos e pelos seus actos.

São tantas as capacidades cognitivas a ser potenciadas por experiências desde género, que seria de facto interessante implementá-las nas escolas.

A experiência que realizei n' "A Escolinha" correu melhor do que o esperado, já que as crianças demonstraram uma imensa vontade de continuar; é isso que estou a fazer neste momento, com crianças entre os 6 e os 10 anos.